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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Strap on e siga!



Tinha saído com três raparigas. Três amigas. Só mesmo para nos divertirmos, sem pensar em sexo.
Como já disse vezes sem conta, a única maneira de um homem estar com uma mulher sem pensar em sexo, é, ou já fez sexo com ela, ou simplesmente não há um mínimo de atracção física.

Esta noite estava seguro. Com duas delas já tive algo no passado, a terceira não faz o meu género. Sei lá vejo-a como um dos gajos, ou como uma irmã mais nova. Não temos qualquer tipo de química.
Eu e três gajas completamente loucas, que sabem aproveitar uma noite ao máximo. Uma delas é uma ninfomaníaca assumida, gosta de homens e gosta de sexo. Gosta mais de sexo do que de homens, por isso não escolhe muito. Outra é também alguém que gosta de sexo, 1 para 1, um para dois, 10 para 10, tudo serve. Adora experimentar coisas novas. A terceira, tinha acabado de sair de um namoro de 8 anos. Toda a sua adolescência e parte da vida adulta com 1 único homem. Agora queria compensar o tempo perdido. Eu? Eu fui pela viagem.

Como eu já estava com os copos e uma delas não bebe. Trocámos de carro, ficou o meu em casa e fomos no carro de uma das miúdas. Sentei-me no banco de trás e vejo uma caixa no chão. Afasto-a com o pé e ela abre-se. Qualquer coisa lá dentro brilhava no escuro. Pego no objecto e FODA-SE! Era um dildo gelatinoso cor-de-rosa fluorescente. Aquela merda brilhava no escuro. É impossível perde-lo de vista:

- Foda-se, o que é isto?

- É o meu homem substituto. Não te preocupes que isso está tudo desinfectado.

- Parece a picha do E.T.!

Passo o dildo à rapariga ao meu lado e coloco a mão na caixa. Retiro outro. Este era diferente. Era verde escuro e não tão gelatinoso. Na base tinha um interruptor. Um vibrador. Além de vibrar a cabeça dele andava à roda.
Em certas revistas, chamam àquilo massajador facial. Não faço a mínima ideia porquê. A forma do bicho pode servir para muita coisa, mas não me perece que seja muito útil na cara. Passo o vidrador à rapariga que estava ao meu lado, que sem pensar duas vezes o colocou no decote. Ligado.

Investigo a caixa. Vaselina. Preservativos masculinos, com sabores, cores, formas estranhas. Preservativos femininos, que mais parecem toucas de natação. Anéis de prazer. Os mais diversos tipos de gel. E... Aquilo. Algo que me fez tremer. Uma outra caixa com um Strap On!

- Para que queres esta merda?

- Para fazer aos gajos o que me fazem a mim!

- Tu vais ao cu aos gajos?

- Se me pedem vou! Se me vão a mim e também vou!

Ora aqui está uma gaja com quem eu não brinco mais. Senti um misto de medo e felicidade. Medo, porque ela estava a falar sério. Felicidade porque tive algo com ela quando ela ainda era inocente.

A noite foi longa. Antes de irmos para casa, fomos às bifanas. Estavam lá umas 20 pessoas. Saímos do carro e fomos logo atendidos. As mulheres riam-se, num raio de 20 metros de mim não havia gajo nenhum. As bifanas foram oferta da casa. Antes de entrar no carro, olho para os gajos todos que fugiram de mim e digo:

- Estas gajas são completamente loucas.

Vejo na cara de alguns um sorriso meio amarelo.

Porquê?

Antes de sair do carro, baixei as calças e coloquei o strap on por cima dos boxers. Vesti as calças, deixando o botões da braguilha desapertados. Ou seja, tinha uma picha roxa a sair-me das calças.

Não era grande. Não era assustadora. Era igual à da foto mas roxa e pelos vistos metia medo.

Ainda somos um povo com tabus. Porque raio fugiram os gajos? Já um gajo não pode sair à rua com uma pila roxa a espreitar das calças? Estariam com medo que eu lhes fosse ao cu, ou estavam com medo de se sentirem tentados a pedirem-me colo?

Claro que quando acordei, ressacado e me lembrei do que fiz, pensei para mim mesmo, "Nunca mais bebo". E não bebi... a semana inteira... Claro, chegando o fim-de-semana esquecemos e voltamos aos copos!