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segunda-feira, 25 de junho de 2007

Um belo par de cornos.

O que se passa com as pessoas e os cornos?

Um carneiro tem cornos e dá conta de uma rebanho inteiro de cabras. Antes de outro carneiro pensar sequer em montar uma dessas cabras, tem de dar uma sova no carneiro “residente”. As melhores vacas estão à disposição de um touro. O touro cobre-as e mesmo assim tem cornos.


Porque raio quando somos traídos, levamos um par de cornos?


Vivemos numa sociedade sádica, gostamos de ver sofrer, quando há um acidente, uma multidão pára para ver os mortos e feridos. Todos querem ver sangue ou no mínimo alguém em sofrimento. No caso de traições é o mesmo. As pessoas focam a sua atenção em quem foi traído e nunca no autor dessa mesma traição. O traído é o coitadinho e o coitadinho é corno.


“Coitado (ou coitada), deve ser difícil ter um par de cornos daquele tamanho”

Quem é traído sente-se envergonhado, afasta-se das pessoas amigas que sabem o que aconteceu. Quem traí, continua a sair à rua como se nada tivesse acontecido. Não acho justo. Quem é desonesto, não é tão torturado. Somos sádicos, gostamos de ver e fazer sofrer. Coitadinho...


Eu não defendo exclusividade sexual, também não defendo liberdade total. Tudo depende da relação, das regras criadas. Se é uma relação de exclusividade, então tem de ser respeitada. Se queremos ir “comer fora”, então devemos “rescindir o contracto” com a outra pessoa.



Hipoteticamente, se a minha namorada me traí com outro homem, quem é que eu culpo? Na minha opinião devo culpar a minha namorada, ou a mim próprio, nunca o outro rapaz. O outro rapaz viu uma oportunidade de tirar a barriga de misérias e aproveitou. Esse rapaz não tem que me prestar contas, terá sim que se explicar à sua namorada se a tiver. Eu só posso culpar a mulher em que confiei, pois ela sabia que me estava a trair. Posso também culpar-me, por ser em parte responsável por essa traição, visto que algo lhe faltava, algo que ela procurou em outro homem. Esse algo é sempre algo que eu lhe dava e deixei de dar, atenção, carinho, amor, etc.

No entanto homem ou mulher, quem é traído sente vergonha. Porque? Quem traí é que é desonesto e deve sentir vergonha. Não percebo... É esta vergonha que é vista como um atentado à nossa honra, que causa mortes. Matar quem nos traí de modo a recuperar a honra. Se eu chegasse a casa e encontrasse a minha mulher na minha cama com outro... Ambos iriam para a rua completamente nus. Pela porta ou pela janela não sei, mas nus iam. Depois iria queimar os lençóis e quem sabe a cama. Também desinfectar o quarto e queimar 8 Kg de incenso, pois sei bem o que me iria atormentar, imaginar todo aquele cheiro a sexo no ar.




Um colega meu, andava a ser traído pela mulher. Toda a gente sabia à meses, ele não queria acreditar. Certa noite, era suposto ele estar no turno da noite, tirou essa noite de folga. Tinha combinado com um grupo de amigos tirar isso a limpo, eu fazia parte do grupo. Passado duas horas vamos a casa dele. Silenciosamente ele entra, dois minutos depois uma luz acende-se no primeiro piso, ouvimos gritos e vemos um gajo a sair pela janela. Do grupo de pessoal a assistir à cena alguns tentaram apanhá-lo, mas aquilo não era um homem, era o Homem Aranha, o rapaz estava com tanto medo, que fugiu a saltar de telhado em telhado. Escusado será dizer que ninguém o apanhou e ainda bem. Não tenho dúvidas que por "amizade", aquele grupo o teria espancado sériamente. Nada muda o final da história, hoje ela está com o Homem Aranha. O Homem Aranha era um rapaz solteiro e descomprometido, que gosta dela e gosta de estar com ela. O meu colega era um casado que fazia vida de solteiro, gostava de sair comigo e o resto do pessoal, deixando a mulher em casa, mesmo se nós levávamos as namoradas.

O homem é quem traí mais. Na minha opinião, o homem não traí mais, simplesmente é apanhado com mais facilidade e não precisa de motivos para trair, basta haver oportunidade. Além disso em vez de trair e calar-se, não, tem de contar aos amigos. A mulher descobre e pronto, está tudo fodido. Ela não precisa de muito para acreditar numa traição.
A mulher por seu lado tem sempre motivos e o mais forte é o próprio companheiro. No entanto ele precisa de ver outro marmanjo a comer a mulher dele para esclarecer todas as duvidas.


Porque trai o homem?

Porque o homem só tem 4/5 litros de sangue (consoante o peso e altura) e ao contrário da mulher, temos duas cabeças para irrigar. O sangue não chega para manter uma erecção e pensar sobre as consequências das nossas acções. Não quero com isto dizer que este facto seja aceite como desculpa, é simplesmente a realidade. O homem trai unicamente porque teve a oportunidade para o fazer. Não há segundas intenções, não é um plano que temos de cumprir.


Porque trai a mulher?

Porque pensou nisso. A mulher quando trai é uma traição premeditada. A relação já está mal. Ela já deu a entender que não é feliz, mas o seu companheiro não percebe ou finge não perceber. Depois de ponderar, ela trai e nunca é por acaso. Ela é apanhada menos vezes pois ao contrário do homem, não fala disso com se fosse um troféu.


Agora quem descobre a traição mais rápido?

É o homem. A mulher reage mais rápido, basta uma amiga dizer a outra que sabe que ela foi traída e ela não descansa enquanto não tira isso a limpo.

O homem já sabe que vai ser traído, muito antes de o ser, simplesmente não quer acreditar, tem de ver para crer. Acha que se não pensar nisso e agir normalmente, que tudo passa. Os amigos já sabem, dizem-nos e não acreditamos. Pessoas estranhas sabem, dizem-nos e não acreditamos. Os nossos pais, já sabem, nós não acreditamos. Sai na primeira página do jornal, nós dizemos “mau, merda”, mas não acreditamos. Mesmo quando ela nos diz, que já dormiu com com a equipe de futebol da cidade, incluindo os reservas, nós duvidamos. Temos de ver para crer.


Não acreditamos porquê? Porque já sabemos. Já sabíamos que íamos ser traídos antes de ela sequer ter ponderado fazê-lo. Percebemos todos os sinais dela, todos os sinais que optamos por ignorar. Homem acredita realmente, que todos os problemas se resolvem se os evitarmos.


Meus senhores, sabem quando é que perdem a mulher que amam? Não é quando a traírem, mas sim quando tomam o amor dela como garantido. Quando sabem que ela vos ama imenso e que esse amor não irá acabar. Acaba.


Nunca tomem a vossa mulher como garantida, ela tem de ser seduzida todos os dias. Todos os dias deve ser assegurada do quanto gostamos dela. Podemos pensar que a conhecemos mas ter consciência que há muito mais a conhecer.


Nós somos, simples, fáceis de agradar. Ao homem basta-lhe três coisas; comida no estômago, dinheiro no bolso e sexo por perto, tendo isto somos felizes . Elas são diferentes. Mais sensíveis a pormenores aos quais não damos importância, depois do sexo quer falar ou simplesmente fazer ninho e gozar o momento, gostam de ser ouvidas e que o homem as tente perceber.


Na verdade a melhor maneira que encontro de as definir é: Elas são Humanas. Nós somos primitivos. As diferenças são tão grandes que acredito que o sexo feminino esteja um passo à nossa frente na escala da evolução.


No entanto... Gostaria eu de ser mulher? Não!

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Adoro Pinar!


A conclusão que serve hoje de título, não traduz ao invés daquilo que seria de esperar, um desejo furtivo, mas sim um gosto amadurecido no tempo. O facto é que, vergado por uma derrota copiosa por 5-1 no jogo da passada 2ª feira (longe estava eu de saber que das derrotas copiosas, esta seria a menos má), em que fiquei com o travo amargo na boca dado pela convicção de que quanto mais rematássemos à baliza menos marcávamos, dediquei o tempo a caminho de casa a pensar que às vezes, ou nem sempre, mesmo que façamos o nosso melhor isso não chega.




Deste pensamento à conclusão de que “adoro pinar”, foi um passo curto.


Tempos houve em que depois do jogo eu pensaria “adoro uma costeleta de novilho mal passada ou então o que ia mesmo bem agora era um porco”, mas isso reflectiria um desejo pequeno para uma fome grande, que se ficava pela rama do desejo, e não pela profundidade da satisfação. E nestas coisas da comida e do pinar, há muito que a satisfação deixou de ser aquela coisa simples do preencher o espaço vazio da vontade.




Acontece que “adoro pinar”. E com isso não me afasto um milímetro que seja da minha mais profunda convicção e que consiste em afirmar que pinar é capaz de ser das melhores coisas que podemos fazer, mesmo que não o façamos sempre que queremos. Aliás, meus simpáticos strumpfs-leitores, para que o acto de pinar seja de facto algo positivo, é bom que não o façamos sempre que podemos, mas sim sempre que queremos. Esta diferença aparentemente apenas semântica é provavelmente o paradigma de um dos grandes equívocos dos dias que correm. Como poderia eu adorar pinar, se o acto em si fosse vulgar? Mas é da repetição do treino que se atinge a perfeição?




Socorro-me novamente do jogo para explicar este ponto de vista. Na 2ª feira rematei 10 vezes à baliza, marquei um golo. Os restantes remates ou foram aos postes, ou foram rechaçados, ou foram para fora. O único golo que fiz, foi a conclusão do pior remate. A bola entrou devagar, quase a pedir licença e desculpas, mas é desse que se faz história. Todas outras tentativas saíram frustradas. Não interessa a beleza (se existiu) do movimento, não importa o drible que lhe esteve na origem, importa pouco o vigor da acção. No pinar – e eu adoro pinar – a coisa anda por aí mais ou menos ao mesmo nível. Não importa a beleza, ou o vigor, se no final o objectivo não é concretizado. Porém, e aqui sim instala-se a confusão, o objectivo do pinar pode ser o prazer, o orgasmo, o encarquilhar das unhas dos pés até as mesmas darem sumo de alcachofra, mas também pode ser algo mais intenso, como o ficar na memória. Como no futebol, podemos rematar à baliza para a estatística, para a excitação, mas é dos golos que ficam na memória que a história se faz, e no pinar… é igual!




Durante anos pensei que era o treino que me encolheria os falhanços, depois achei que seria da abstinência que sairia a genialidade. Engano. Quanto mais treinei menos aprendi, e a abstinência não fez de mim um Einstein, ainda que em alguns momentos tenha contrariado a lei da gravidade através de um subir de paredes muito jeitoso…




Admito que afirmar assim sem uma preparação prévia que “Adoro Pinar”, pode ser uma coisa vulgar. Eu gosto de coisas vulgares, mas não gosto de vulgaridades e adorar pinar está longe, pelo menos para mim de ser uma vulgaridade. Vulgaridade é o processo que nos leva a não conseguir distinguir entre a costeleta de novilho mal passada e um porco, porque afinal tudo aquilo que sentimos é fome, e não vontade de comer.


E eu simplesmente adoro pinar!


E pronto, agora vão lá fazer uma visitinha de estudo a uma perfumaria, que falar convosco a tapar o nariz, é coisa para me fazer dores de cabeça!

domingo, 10 de junho de 2007

O mundo de pernas para o ar...


O advento do homem moderno trouxe-nos nomenclaturas, ideários e comportamentos novos que ainda hoje deglutimos. Ao contrário dos nossos pais e avós, aos homens de hoje é-lhes dada uma margem de manobra emocional e estética cujo lastro compreende balizas ainda por explorar. Todas nós já suspirámos ou exasperámos perante questões pouco nítidas que são mandadas para o ar como evidências cristalinas.

Estas mudanças, a quem os mais prosaicos chamam de modernices, revestem-se de cores mais ou menos chocantes, mais ou menos compreensíveis, mais ou menos aceitáveis. Ora, sem querer ser déspota, mas já sendo, que caralho ver a ser este novel estado de espírito sexual conhecido como «hoje não me apetece pinar»?

What? Homessa! Que é lá isso? Mas desde quando é que aos homens não apetece pinar? Por acaso o dia virou noite? O branco agora é preto? Não, pois não? Então não há cá merdas! Apetece pinar sim! Mais um bocadinho dizem-se atacados por enxaquecas (ironia homófona...) e fingem orgasmos. Com mil Diabos!

O que aconteceu aos tempos felizes em que elas só precisávam de abrir as pernas? Para onde foram os homens à séria? Aqueles que se excitavam com a ideia de estarem excitados, que citavam a Tabela Periódica se isso fosse passaporte imediato para uma queca, fosse ela qual fosse?

Desde quando é que aos homens lhes deu para o sentimento quando o assunto é foda? Não sei em que estágio do desenvolvimento masculino lhes foi permitido arrecadar prerrogativas femininas. Não sei quem autorizou, concordou e anuiu mas proponho que nos unamos em torno desta grande luta.

Não apetece pinar??...foda-se!!!...

sábado, 9 de junho de 2007

O sexo e a comida.


"Ela é boa como o milho, comia a gaja toda, até sabia a pato!"

A vida do homem gira em torno de comida, precisamos de comer, gostamos de comer e gostamos de mulheres. Falamos em comer gajas, como quem fala em comer sapateiras. Os tempos mudam, hoje já não se diz que a mulher deve conquistar o homem pelo estômago. Na verdade a mulher ainda pode conquistar o homem, sendo uma excelente cozinheira, a questão é que as mulheres cozinham cada vez menos e cada vez pior. Acho que faz parte da emancipação delas. Não é á toa que os melhores e mais reconhecidos cozinheiros são homens.


A alimentação é importante e é importante também, que seja feita de uma forma equilibrada. Não comer demais mas, também não passar fome. Quando se fala em comer uma gaja, ainda por cima em come-la toda... Isso é ter mais olhos que barriga. Bolas, por mais pequena e magra que seja, são pelo menos uns 50 Kg.


A mulher tem tudo o que um homem precisa para ter uma refeição completa. Ela tem; carne, tem peixe, vegetais, fruta, líquidos; Vitaminas, proteínas, sais minerais. Tudo para uma alimentação equilibrada e completa.


Ela tem a febra, o bacalhau, pode temperar tudo com os limões e até sabe a pato. Nós levamos o salpicão, o rolo de carne, o chouriço, morcela, as azeitonas e o azeite. Ela complementa com grelo que é bom como o milho. Nós adicionamos o pepino, os tomates e em casos extremos a couve roxa. Para empurrar tudo isto e ajudar na digestão, o homem fornece o leite e a mulher o suco, havendo sempre a opção de uma imperial de joelhos ou não. Para sobremesa ela dá o pudim, nós o salame, possivelmente até baba de camelo se a imperial for retirada correctamente.


A mulher é mais... Dietas, tem de manter a linha por isso fica-se por “ele é um pão”, pessoalmente considero este comentário depreciativo. Elas dizem que somos um pão, pois falta-nos qualquer coisa… Talvez a manteiga. Um pão só por si, não é nada de especial, come-se mas precisa de um complemento. É isso que elas querem dizer. Aquele gajo é um pão mas precisa de manteiga. Assim que nos envolvemos com uma mulher, ela começa a estudar-nos a ver onde pode "amanteigar". Analisa os nossos defeitos e tenta-os corrigir.


Mesmo que um gajo se deixe "amanteigar" por elas, acreditem que a próxima que vos chamar um pão, não vai gostar da manteiga, pois gosta mais de compota. Por isso vai fazer tudo de novo. Nunca estamos bem, nem podemos estar, pois se o gajo parecer perfeito, a gaja vai desconfiar e perder o interesse.


« Se um homem, estiver a falar no meio da floresta e não estiver mulher nenhuma por perto para o ouvir, ele mesmo assim estará errado ? ». Claro que está, falta-lhe a manteiga.


Por não encontrar nada de similar em outras culturas, em outras línguas, leva-me a pensar que esta fixação de comparar o sexo oposto a comida, é um problema português, onde a mulher é sempre uma refeição completa e ao homem falta-lhe sempre algo, nem que seja sal ou a manteiga.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Fazer sexo ou amor?


Fazer? Eu tenho sexo, tu tens sexo, juntos temos sexo, o nosso e o do/a parceiro/a. Agora fazer sexo ou amor? Como se faz? Digam-me como, pois gostaria de fazer em grandes quantidades, principalmente fazer amor, aos litros, se descobrir uma maneira de o engarrafar, fico rico em pouco tempo.

Eu não consigo escolher quem amo, simplesmente amo. Amar alguém não significa ser amado por essa pessoa, portanto isso coloca de parte a possibilidade de fazer amor. Mesmo um casal que tenha a sorte de amar e ser correspondido, o "fazer" amor é algo confuso.


Amor e sexo não se fazem, o amor sente-se e o sexo tem-se ou pratica-se. A mulher é que tem a mania de se referir ao acto sexual com fazer amor, independentemente se ama o parceiro sexual ou não. Isto retira toda a magia á palavra amor.


O termo correcto é "foder", "foder" é um verbo, é Português, uma palavra injustiçada por motivos incompreensíveis. Este verbo identifica o acto mas foi feito tabu por quem escreve e por quem lê. Tanto o homem como a mulher gostam sexo, logo, gostam de foder mas só usam a palavra na intimidade. A senhora dona púdica, diz ás amigas que faz amor com o seu namorado, mas dentro do quarto diz-lhe: "fode-me". Por outro lado, regra geral ninguém quer morrer nem ver morrer, mas não existe qualquer tabu em relação a este verbo. Mesmo um verbo com significado mais desprezível como "violar" tem uso mais corrente do que "foder". Não percebo!


Seria ridículo dizer que todas as mulheres fazem amor, posso dar alguns nomes de mulheres com quem tive sexo, que confirmam o que digo. Não houve amor, houve atracção física, houve tesão e isso gerou sexo. O amor ficou lá fora.


Ter uma vida sexual activa, pressupõe ter sexo, que por sua vez nada tem a ver com amor.

Só me apetece pinar!