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sábado, 29 de março de 2008

Espermolatria

Dentre os fluidos corporais, não existe outro tão cheio de simbolismo quanto o esperma. Sêmen, semente, origem da vida. Explicitação do orgasmo, do climax, do prazer supremo do macho. Não é à toa, portanto, que o esperma é um fetiche com grande número de adeptos. São homens e mulheres que sentem prazer em ver, tocar, sentir, ingerir o fruto do gozo.

Homens esparmatólatras sentem prazer em gozar sobre a parceira, especialmente sobre o ventre, o rabinho, os seios e o rosto. As feministas - não todas, é claro, somente as feias e mal comidas - acham isso degradante, mais uma maneira do homem humilhar e demonstrar superioridade sobre a mulher. Mas, como dizia Freud, às vezes um charuto é apenas um charuto. As mulheres, de um modo geral, gostam e recebem aquilo como uma recompensa que lhes dá a certeza de haver proporcionado prazer ao parceiro.

Uma das minhas amigas diz que faz bem para a pele e adora dormir com uma “máscara” de esperma. Outra tem andado no maior jejum desde o advento da AIDS porque, segundo ela, só consegue gozar depois que sente os jatos quentes de esperma inundando sua pita.

Enfim, como tudo mais na esfera dos relacionamentos sexuais, a espermolatria é fixe e faz bem desde que haja consentimento e gosto.

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